sexta-feira, fevereiro 12, 2016

A chave afundada

Como te chamas,
amor que não chega?

Não é amor
nem solidão
teu nome ignoto.

Talvez esperança
temperada com desejo –
essa chave em nós
afundada
que esboça
novas auroras
quando só há escuridão...

Como te chamas,
amor que não chega?

Não é necessidade
teu nome escuso.
Talvez carência,
esse afeto perdido
e não conjugado...

Por enquanto,
sou alegre,
não feliz:
minha vida inteira
suspensa...

Se não vieres depressa,
será tarde demais.
E teu nome,
amor que não chega,
restará inconcluso...