sábado, agosto 23, 2014

Último encontro

Limitaram teu corpo com cal e pedra,
quando ainda do teu seio brotava infância,
mas não te destruíram. E no espaço, além,
pelo fio das horas tu tecias
tua imagem, mais que verde, de esperança.

Esta imagem de mansinho se espalhou,
com força e mais bela, no meu sangue,
e nas tardes de outono, com teu nome,
distraía a primavera quase exangue.

Não se rendam jamais à pedra e à cal,
que argamassa se faz, cumprindo horrores.
Cantemos o outono e a primavera,
que são feitos de cantos e de amores.

Vês! que num peito, às vezes, comprimido,
entre algozes e angústias, brotam flores.
(Cyl Galindo)

E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar: descansa!
(Augusto dos Anjos)

            Em novembro passado, fui à casa de meu tio Ariano: ele se recuperava devagar dos enfartos e do AVC que o tinham vitimado alguns meses antes. Toda cheia de dedos, com medo de incomodá-lo, levei-lhe de presente os meus poemas que acabavam de ser publicados. Ele deve ter entendido o gesto: aquilo era o resumo do melhor que eu pude fazer com o que ele mesmo me deu.
            Não sei direito se consegui dizer a ele o quanto o amei; provavelmente não, que as palavras são sempre insuficientes para essas coisas do amor... Mas esse relato é uma tentativa de guardar e partilhar aquelas horas. E de dizer a ele o que faltou. Certamente, ele agora compreenderá.
            Ele estava deitado na cama, e eu sentei numa cadeira a seu lado, tentando tirar de dentro de mim a maior doçura já existida. Francamente, não sou capaz de relatar com objetividade o que se passou entre nós; lembro que ele falou de tia Zélia, sua esposa; disse que a achou linda desde que a viu pela primeira vez. Confessou que pensou em casar com ela naquele momento, mas imaginou que ela não ia querê-lo. Brincando, acrescentou que tinha tido um trunfo formidável na vida: ela tinha mau gosto... Continuou fazendo graça, dizendo que sua doença tinha dado a ele duas coisas boas: estava tendo vida de príncipe, pois todos o privilegiavam em tudo agora e obtivera a certeza de que iria morrer de repente e não de uma longa e dolorosa doença.
            Depois ele mesmo perguntou sobre a “nossa fazenda”, e eu contei a ele que eu, meu irmão Alberto e Joaquim, seu filho mais velho, tínhamos este patrimônio maravilhoso desde pequenos: ele se chamava “Três irmãos” e era a mais fantástica propriedade que se pode ter. Contei-lhe que passamos horas e horas de nossa infância e juventude planejando como ela seria. Até hoje, quando eu e Alberto vemos uma casa linda, sonhamos em deslocá-la de seu canto para a nossa fazenda, por meio de mirabolantes tratores, que a reposicionariam no alto de uma colina inenarrável de perfeita que existe nas nossas terras. Outro dia, Alberto falou com Renata, a namorada de meu filho Daniel, que é arquiteta, sobre a transferência, para a nossa fazenda, de um sobrado que existe não sei onde, e ela deu uma explicação sobre a falta de propriedade de tal empresa, pois uma fazenda tem espaço e, portanto, sua casa não precisa ser estreita como um sobrado, que pertence ao universo urbano. Alberto desconcertou-se:
– Será possível – ele disse – que uma pessoa não pode ficar sonhando que vem logo um e acorda?!
Ariano achou graça e entendeu perfeitamente por que nunca a compramos...
Mais ou menos por aí, contei-lhe uma história que aconteceu comigo e minha irmã Débora:
– Queria tanto poder me aposentar e ficar a vida toda só escrevendo... – eu disse, desanimada, um dia desses a ela.
Débora nada retrucou de volta. No dia seguinte, porém, quando nos encontramos, ela me disse:
– Ô, mulher, tu estás aprendendo com quem essa história de parar de trabalhar para escrever? É com tio Ariano, é?
Eu disse a ele que fiquei calada, pois não tinha o que dizer...
E tio Ariano exclamou:
– Ô, minha querida, desculpe pela maldição que te deixei...
            Eu fiz que “não” com a cabeça enquanto sorria.
Então, não sei bem em que momento, terminei por dizer a ele que “A pena e a lei” era minha peça preferida:
            – Ela não é tão fácil como o “Auto da Compadecida” – eu lhe disse – mas é mais profunda...
            E comecei a argumentar: que era linda a ideia de fazer os personagens parecerem bonecos quando, no primeiro ato, passavam pela vida material; e um pouco bonecos e um pouco pessoas, no segundo ato, quando se aproximavam da morte... E, por fim, no terceiro ato, quando morriam, viravam pessoas de verdade, pois, enfim, tinham encontrado sua verdadeira natureza...
            Quando terminei a minha justificativa, ele disse, humilde:
            – Obrigado, minha filha. Sua opinião tem valia...
            Eu tentei retribuir com um sorriso doce...
            Aí chegou a hora do almoço, e me despedi entregando-lhe o livro.
Depois daquele dia, não o vi mais; aliás, eu o via pouco. Sua herança é toda feita de livros, afetos e lonjuras, tudo guiado por mansa e respeitosa bússola, que trago tão bem guardada dentro de mim, que um dia, um aluno meu foi ver uma palestra de Ariano e me disse na volta:
– Você parece com ele por dentro e por fora...
“É mesmo”, eu reparei...
E resgatei, por meio de lembranças e relatos familiares, a importância dos tios, que fizeram as vezes do pai, quando foi preciso...
Meu tio Ariano foi, como meu pai, seu irmão querido, um homem afortunado, porém veio mais cheio de talentos. Isso costuma constituir um perigo – não para ele, que deu conta da inexequível equação dos talentos. Sua vida inteira foi um trajeto de aperfeiçoamento e de busca por respostas. De forma admirável, repartiu tudo que estudou e aprendeu: facilitava, por meio da graça, conceitos complexos e dava explicações compreensíveis para um número expressivo de ouvintes. Religioso, sempre escreveu sobre pecados, perdões e esperanças. É verdade que nos fazia rir de tudo isso. Mas, como alguns podem reparar, tirava o riso do desespero e da dúvida.
            Com a fé aflita que Ariano me ensinou, creio que a Compadecida o recebeu de braços abertos e o encaminhou ao lugar bonito do Céu – a fazenda dos irmãos – onde estão os justos que sofrem pelos outros, como ele... E onde se pode conversar com Deus, que explica todos os enigmas e sara todas as aflições...
E, com as palavras que ele mesmo me deu, posso afirmar: virou agora aquela pessoa de verdade e encontrou-se consigo mesmo e com sua própria essência, sem as dilacerações da vida material. E descansa, em paz, depois de uma vida completa, de choro e riso, suas raízes de defesa.
Certamente, continuaremos próximos, pois há rotas que vencem todas as distâncias. Tudo isso ele mesmo facilitou, pois conseguiu, com a ferramenta de seu trabalho bonito, como poucos, multiplicar os talentos que ganhou. Guardadas as proporções, agora é minha vez: sua maldição é só uma pluma...

57 Comments:

At 1:26 AM, Anonymous Anônimo said...

Quando você escreveu da nossa dificuldade em organizar as palavras para dizer do nosso sentimento, me lembrei de uma passagem de Grande sertão que estava lendo ontem. Riobaldo diz: "Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância". Mas você, Flavinha, é tão delicada no seu dizer que consegue forjar belissimamente esse "material baleado", que é a linguagem, e nos emocionar com esse relato do encontro derradeiro com seu tio.

Gabriel

 
At 2:39 PM, Anonymous Anônimo said...

Pimpa, belíssimo texto.
Renato Maia Jr

 
At 2:40 PM, Anonymous Anônimo said...

Ainda bem que lhe deixou essa "maldição". Lindo!
Bruna Moêma Lima

 
At 2:41 PM, Anonymous Anônimo said...

Bela homenagem, professora querida! Um cheiro.
Marcelo Melo

 
At 2:41 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo!
Sandra da Silva

 
At 2:42 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo, Flávia. George Augusto Carvalho Lima.

 
At 2:42 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo demais.
Sheyla Pascoal

 
At 2:43 PM, Anonymous Anônimo said...

Como ler e não chorar?
Maria Antonieta

 
At 2:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Que texto tão lindo, professora!!!
Stella Inácio

 
At 2:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Que lindo, Flavinha.
Misael Arantes Jr.

 
At 2:45 PM, Anonymous Anônimo said...

Ô, minha cunhada, que texto rico e lindo, como sua alma.
Jane Suassuna

 
At 2:46 PM, Anonymous Anônimo said...

Professora, a senhora é uma pessoa tão linda...
Isabelle Vieitez

 
At 2:47 PM, Anonymous Anônimo said...

Maravilhoso, querida. Que sorte vc teve de tamanha maldição.
Nora Borges

 
At 2:48 PM, Anonymous Anônimo said...

Que belo depoimento, Flávia Suassuna.
Fernando Rego Barros

 
At 2:49 PM, Anonymous Anônimo said...

Como sempre, os sentimentos estão colocados com sabedoria.
Antônio Paulo rezende

 
At 2:49 PM, Anonymous Anônimo said...

Abraços, Flávia Suassuna.
Luís Serguilha

 
At 2:50 PM, Anonymous Anônimo said...

Obrigado pelo texto, Flávia !!!!!
Jefferson Góes

 
At 2:53 PM, Anonymous Anônimo said...

Que belo texto, Flavia... E que belas convivência e referência. Me emocionei com o desencadeamento dessas palavras. Vou compartilhar pra que meus amigos do Rio recebam tb esse presente. Um bjo e abraço muito carinhoso, cheios de saudades e boas lembranças das suas autênticas e ricas aulas de literatura.Bruno Dubeux

 
At 2:54 PM, Anonymous Anônimo said...

Flávia Suassuna, muito obrigada por compartilhar com a gente esse momento tão forte e delicado, tão bonito e manso, ao lado de Ariano. A maldição santa, eu diria, de saber escrever e viver de escrever. Sandra Vaz

 
At 2:55 PM, Anonymous Anônimo said...

Pura arte!!! Fábio Medeiros Cordeiro

 
At 2:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Flavinha, seu tio foi meu professor. Eu acho que já lhe disse isso. E, se não disse, você sabe agora. Ele não me "conheceu" e nosso encontro não aconteceu ( Adriana sabe sobre o que escrevo), mas soube um pouco de mim. Soube o que eu precisava que ele soubesse, como ele foi importante. Quando a lonjura entre nós diminuir, eu me apresentarei a ele e agradecerei - pessoalmente - parte do que eu sou ao homem que ele "foi". Você, minha amiga, "é". Beijo. Fernanda Bérgamo

 
At 2:58 PM, Anonymous Anônimo said...

Poxa, Flávia... respondo a esse teu texto, pois ainda ontem conversava sobre ti.
Estive em uma cerimônia na Escola Politécnica Pernambuco e um de nossos mestres citou as grandes perdas que tivemos nos últimos dois meses. Por fim, ele disse que não conseguia enxergar alguém, não para substituir, mas para ocupar esses lugares "vagos" em nossos corações e mentes.
Mais tarde, debatendo sobre o que tínhamos escutado, afirmei que conseguia enxergar, sim, uma pessoa que naturalmente ocuparia esse lugar. Esse ser humano a quem eu me referia, tem a capacidade de narrar em suas aulas e fora delas seus causos e aventuras do dia-a-dia, com a mesma simplicidade e frescor que Mestre Ariano fazia. Sem dispensar, naturalmente seu toque de humor bem peculiar.

Como Professora Fernanda Bergamo se referiu, talvez você não se recorde de mim. Já que se passaram bons 10 anos, desde que tive o privilégio de estudar contigo. No entanto, sigo minha caminhada sempre em frente, porém olhando para trás com ternura para uma das pessoas mais admiráveis que pude conviver.

Um abraço saudoso de seu eterno aluno e fã.Rafael Caldas.

 
At 3:01 PM, Anonymous Anônimo said...

Lendo seu texto...impressionante como a relação de vcs é estreita...pois escutava a voz dele no seu texto...Perfeito! Fui sua aluna e agradeço hj a vc por desempenhar de forma tão sublime seus talentos...Professora e Escritora, Parabéns! Mirella Beatriz Alves

 
At 3:03 PM, Anonymous Anônimo said...

Que texto tão belo, maravilhoso, sensível e profundo. De fato: "Há rotas que vencem todas as distâncias." Incrível isso. Luiselza Pinto

 
At 3:04 PM, Anonymous Anônimo said...

Pimpa,graças ao face podemos de mais perto observar quão vc é uma Suassuna na concepção da palavra.Seus relatos são dignos de um livro.Ter um tio da grandiosidade de Ariano,claro que alguém da família carregaria sua veia literária.Ariano era de uma simplicidade e sabedoria impar.Suas aulas espetáculos eram cheias de emoção e comoção.Portanto Pimpa,se possível perpetue em ti a linha hereditária do seu tio,com um exemplo que a descendência literária perpetue nos Suassunas. Abs Tutu (Tomás Seixas Filho)

 
At 3:06 PM, Anonymous Anônimo said...

Querida, você sempre arrasando! Como foi bom sentir que repartiu com nós todos as delícias desse derradeiro encontro! Visualizo a alegria que transbordou do coração de vocês durante esse papo que não esteve programado para ser o último! Ana Rita Dantas Suassuna.

 
At 3:07 PM, Anonymous Anônimo said...

Nossa como vc escreve bem, Flávia Suassuna! E parece que estou vendo... Ele deitado em sua cama, agente na beirinha da mesma ou na cadeira. A conversa sobre uma dúvida específica. As explicações através de tantos exemplos! E assim, qdo víamos a noite adentrava. Um
silêeeeeencio e a hora de ir embora se determinava. Saudade, muita saudade. Maria Paula Costa Rego

 
At 3:08 PM, Anonymous Anônimo said...

Simples e apaixonante como só você sabe ser Pimpa, sempre soube aliás. Belas palavras amiga, amor extremado a alguém que como espelho reflete a maior pureza da alma. Parabéns minha linda, um grande beijo e uma grande saudade!!Leila Caraciolo.

 
At 3:09 PM, Anonymous Anônimo said...

Puxa, Flavinha!!! Isso não é um relato. É pura poesia!! Pense numa família abençoada!! Em tempo:posso compartilhar em minha linha do tempo?? Poesia desse naipe tem de ser divulgada!!Fernando Ivo

 
At 3:11 PM, Anonymous Anônimo said...

Demais! Demais! Muito amor.. tanto, que transborda e nos recheia o peito. Izabella Lucena

 
At 3:12 PM, Anonymous Anônimo said...

Cynthia Suassuna Belo texto! Palavras vestidas de emoção. É verdade que as palavras não comportam todo amor, respeito e admiração pelo tio amado, mas chegou bem pertinho!!!! Cynthia Suassuna.

 
At 3:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Só dizer amiga Flávia Suassuna, choro agora, mas com certeza logo vou sorrir!
Obrigada por esse momento de beleza que seu texto me proporcionou. Bjs. Inez Paiva.

 
At 3:14 PM, Anonymous Anônimo said...

Muito, muito, muito bonito. Começar o meu dia lendo isso me enche de energia boa! Obrigada, Pimpa! Ceres Machado

 
At 3:35 PM, Anonymous Anônimo said...

Achei lindo esse texto sobre o Ariano. Bárbara Miranda Linck

 
At 3:49 PM, Anonymous Anônimo said...


Almas afins. Ednea Rodrigues

 
At 3:51 PM, Anonymous Anônimo said...


Inspirada como sempre. Saudades. Diogo Suassuna

 
At 3:52 PM, Anonymous Anônimo said...

Nunca sabemos quando um encontro é uma despedida definitiva. Por isso, é importante que todos os encontros sejam muito intensos, como foi o seu com Ariano, Flávia Suassuna. Salete Rêgo Barros.

 
At 3:54 PM, Anonymous Anônimo said...

Por isso quero tanto trabalhar com você querida Flávia Suassuna .... Estou aqui emocionado, com olhos marejados e feliz por ler tanta emoção e sinceridade no que você escreve! Parabéns pelo texto e pela emoção que você compartilhou conosco! Lívio Meireles Capeleto

 
At 3:55 PM, Anonymous Anônimo said...




Meu dia começou leve como a pluma!!! Quem dera muitas maldições desse gênero!!! Texto lindo, intenso, singular!!! Beijos sempre, Flávia Suassuna!!! Rita Rafael

 
At 3:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Muitas emoções nas suas palavras
Que menina medonha para deixar a gente abilolada! Tomarei a liberdade de compartilhar o seu texto poema. Um beijo carinhoso cheio de emoções. Glória Swenson

 
At 4:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Minha querida, preciso tomar vergonha na cara e fazer logo essa visita que eu tanto enrolo! adorei o texto, tá perfeito!!!!! um grande beijo, vc é uma linda, cada dia mais! Rafael Gonçalves de Almeida

 
At 4:14 PM, Anonymous Anônimo said...

Esse é um verdadeiro diálogo de alma. Bjooo. fàtima Amaral

 
At 4:15 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo, professora. Sérgio Carvalho

 
At 4:15 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo texto, Pimpa. Rodrigo Suassuna Lopes

 
At 4:16 PM, Anonymous Anônimo said...

Emocionante Flavia Suassuna. Muito você!!! Perfeito!!! Fernanda Iglesias

 
At 4:24 PM, Anonymous Anônimo said...

No Facebook, mais de 200 pessoas curtiram esse texto e várias comentaram. Tomei a liberdade de transcrever os comentários aqui.
Flávia Suassuna

 
At 4:30 PM, Anonymous Anônimo said...

34 pessoas compartilharam no facebook esse texto, entre elas: Hebe Rego, Shirllane Rodrigues de Barros, Nora Borges, Jefferson Góes, Bruno Dubeux, Sandra Vaz, Glória Swenson, Jane Suassuna, Eduardo Rangel, Gilda Carvalho, Zélia Meireles, Thelma Panarai, Marcos Berenguer Jr, Jéssica Guido, Ana Zambeli, Edvalda Carvalho.
Fiquei muito feliz com isso.
Flávia Suassuna

 
At 10:26 PM, Anonymous Anônimo said...

Adorei! Se fosse um livro, teria lido sem parar, de tão belas palavras. Continue a nos presentear com seus textos/depoimentos, Flavinha. Deus a abençoe! Beijão.
Nadja Tompson Viana

 
At 10:56 AM, Anonymous Anônimo said...

Um terceiro abraço, Flávia Suassuna.
Genésio fernandes

 
At 10:57 AM, Anonymous Anônimo said...





Belas palavras, Flavinha! Você não nega de quem é sobrinha. Está no sangue e na alma o dom de escrever bem, querida. Continue assim sempre. Beijos.
Adriana Tompson

 
At 11:37 AM, Anonymous Anônimo said...

"A hora do encontro é também despedida... E a plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar, é a vida desse meu lugar, é a vida..." Luiz Felipe Andrade

 
At 12:54 PM, Anonymous Anônimo said...

Professora Flávia, que lindo texto! Tão perfeito que deu pena quando acabei de ler. Eu queria ler mais e mais... Vou mostrá-lo a sua outra leitora (e fã): a minha mãe. Parabéns pela dádiva de escrever tão bem e lindamente. Me emocionei. Com carinho, Susi.

 
At 12:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Simplesmente Flávia Suassuna. Lindo!
Lindo! Miquéias.

 
At 10:06 PM, Anonymous Anônimo said...

Flávia, senti você junto à cama de Ariano. Senti as dores e a beleza das palavras, o sentimento de admiração e carinho que transitava entre um e outro, em cada gesto, em cada silêncio, em cada palavra. A lonjura e a proximidade, a alegria igual. As certezas, o medo, e tudo a fazer sala. Miriam (da livraria)

 
At 10:51 PM, Anonymous Ana Luiza said...

Muito lindo seu texto Pimpa! A gente consegue perfeitamente visualizar a cena através de suas palavras! Foi bom o encontro hoje que nos partiu o reencontro! Beijos Ana Luiza Calabria

 
At 8:48 AM, Anonymous Anônimo said...


Querida Flávia,

li com gosto seu texto/poema/crônica falando sobre um encontro com Ariano. Muita beleza num repente de palavras em que dá seu livro para o tio. Continuo achando que vocês dois gostam muito de rir, juntos ou com todos os que lhes encontram na travessia da vida. Como disse: Sua maldição é só uma pluma. Parabéns.

Beijo, Carlos

 
At 2:49 PM, Anonymous Anônimo said...

Oi, Pimpa! Que talento, que genialidade! "A hora do encontro é também de despedida."
Quem me dera, Flavinha, ter todo tempo do mundo e beber dessa sensibilidade rara.

Um imensurável abraço do seu aluno que o admira demais.

- Hugo Queiroz -

 

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