O ofício da espera
"Contraditoriamente, somos seres solitários e solidários."
Antônio Paulo Rezende
Antônio Paulo Rezende
Espero
calada
tua chegada.
Revelo
essa rotina
sem sequer
uma palavra:
meus olhos
resumem
a fadiga...
Esse tráfego
incessante
do cotidiano
é apenas
um disfarce:
estou toda
concentrada!
Em lugar
de gritar,
guardo a palavra
mais serena
e bonita
para pousar
na tua boca.
Esse poema,
sou eu tentando
dizê-la
para consolar
os aflitos...